22/08/2023
Cientista, Prêmio Nobel da Paz (2007), Prêmio Mundial da Alimentação (2020), embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e referência na área da agricultura regenerativa, o Dr. Rattan Lal é presença confirmada no 4º Fórum do Agronegócio, no dia 18 de setembro.
Como professor universitário e diretor do Centro de Gestão e Sequestro de Carbono na Ohio State University (OSU), Lal tem se dedicado ao longo dos anos à pesquisa voltada para a preservação da saúde do solo e à defesa da ideia de 'produzir mais com menos', aumentando a produção de alimentos utilizando menos recursos.
Impulsionar a segurança alimentar, desenvolver uma agricultura resiliente e avançar nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU são propósitos centrais de seu trabalho.
Há poucas semanas de desembarcar em Londrina, Rattan acredita que o Fórum do Agronegócio será uma oportunidade para deliberar sobre opções potenciais que podem ser adotadas pelo setor agro, como traduzir ciência em ação, ter acesso a inovações de aumento de escala, identificar prioridades de investigação, além de promover a cooperação entre o agronegócio e instituições acadêmicas.
O cientista também destaca fatores que tornam o Brasil uma referência mundial no que tange sua capacidade de produzir e conservar. “A agricultura no Brasil desde 2000 é uma história de sucesso global, sendo o país líder mundial na exportação de produtos agrícolas. No entanto, há uma necessidade de proteger e conservar os recursos naturais, restaurando ecossistemas degradados, tais como pastagens degradadas, aumentando o sequestro de carbono nos solos dos agro ecossistemas, protegendo as florestas tropicais, restaurando as zonas húmidas, incluindo os ecossistemas do Pantanal, e poupando terra e água para a natureza. O objetivo é produzir mais com menos”, disse.
Para o Brasil poder trabalhar seu posicionamento e evidenciar seus diferenciais competitivos com mais assertividade frente aos demais países, Rattan Lal enaltece que o país deveria atuar em prol da África Subsaariana. “O Brasil deveria assumir um papel de liderança para ajudar a África Subsaariana a repetir o milagre do Cerrado, o que seria um modelo a seguir e lhe daria uma vantagem competitiva na comercialização de seus produtos e também criaria boa vontade entre as nações. O Brasil poderia fornecer apoio financeiro para o desenvolvimento institucional e de recursos humanos na América Central, Caribe, África e noutros locais. O Brasil está numa boa posição para construir pontes entre nações”.
Fonte: Assessoria SRP
